Muito se fala sobre amamentação hoje em dia. E o que a gente vê por aí é sempre aquele mais do mesmo. As mães que conseguiram amamentar “exibem” fotos de seus momentos mágicos, com os filhos no peito e aquele tal discurso da “conexão” que se tem nesse momento com o bebé.
Por outro lado, as mães que, por qualquer motivo, recorreram ao biberon, escondem-se pelos cantos. E escondem-se do tal julgamento, dos outros e o delas próprias, como se estivessem a cometer um pecado.
A questão é que a ÚNICA coisa que passa pela minha cabeça quando vejo mulheres em ambas as situações é que isso não faz diferença NENHUMA na MINHA vida. E o fato do meu filho mamar no peito ou no biberon não deveria ter QUALQUER relevância na vida dos outros. E digo mais, não deveria sequer ser de interesse de alguém.
Aqui em casa passamos pela depressão pós parto e a recuperação árdua de uma cesariana indesejada. Olhando para traz e lembrando de toda a minha fragilidade naqueles primeiros meses, sinto um enorme orgulho de ter conseguido oferecer o meu leite, mesmo que por um tempo limitado e através do tal “objeto do mal” chamado biberon (lá dentro tinha leite materno, mas pensam que escapei dos comentários e olhares de desaprovação?!).
O importante é que hoje já fiz as pazes comigo mesmo e me “perdoei”. Hoje, utilizo fórmula e faço o acompanhamento de peso, crescimento e progressos do meu bebé como qualquer mãe deve fazer. E ele está super acostumado a receber o seu leitinho de qualquer pessoa que esteja disposta a alimentá-lo com carinho.
E digo mais, é uma delícia ver a satisfação das pessoas que têm a oportunidade de fazer isso pelo meu filho. Quem é que não gosta de ter um bebezinho no colo, poder alimentá-lo e ganhar aquele olhar profundo de agradecimento, além de toda essa paz que eles nos passam?!
Fonte: Por : Juliana Boin em blog Mãesqueescrevem